Algumas semanas haviam se passado desde aquela noite, estranho como os dias se arrastavam, eu tinha adquirido novos hábitos, minha vida havia tomado um novo rumo.
Passava os dias a vagar pela cidade, estava em busca de algo ainda desconhecido. Seria um novo subemprego onde me entediaria em dois meses? Seria a mulher que seria o novo amor da minha vida pelas próximas três semanas? Ou estava apenas a gastar tempo até o bar abrir e enfim eu me afundar em bebedeiras e assuntos aleatórios com algum estranho?
Apesar dos meus esforços pra não me tornar mais um típico clichê bukowskiniano, admito que me sentia bem com a vida que eu estava vivendo, apesar de não ter nenhuma perspectiva sobre o futuro, pela primeira vez em tempos eu era auto suficiente, tinha controle sobre todas as minhas atitudes. Não sentia mais ninguém sugando minhas energias. Não me entendam mal, eu realmente não possuía sentimentos ruins quanto ela, pelo contrário, essas semanas me fizeram nutrir um carinho enorme, mas o senso de realidade me mantinham longe da idéia de que voltar com ela era uma hipótese a ser estudada.
Passava o dia na minha jornada de passar despercebido junto a multidão que habitava as ruas da cidade, era um exercício de observação e autoconhecimento, a luz do dia, era um obstáculo a ser transpassado, uma barreira que me impedia de freqüentar o bar, contava as horas até o sol se por e eu finalmente me sentir em casa, naquele imundo balcão junto a minha nova família.
Quando noite caía eu sentia um enorme conforto, aquela penumbra me acolhia, eu era mais um componente daquele ecossistema noturno.
A cidade parecia respirar um ar novo à noite, as pessoas se entregavam, os bares cheiravam a sexo ( e a álcool também), o pudor presente naquela sociedade pueril que invadia as ruas com seus ternos bem passados e suas maquiagens discretas sumia numa espécie de busca pelo último sexo de suas vidas.
Eu havia me abdicado dessa busca, as relações sociais haviam perdido a importância, o único carinho que eu nutria era pelo álcool, não procurava amigos - embora tivesse criado um vínculo com o garçom do bar – muito menos alguma desgraçada pra arrancar mais um pedaço de mim. Mas nessa noite havia algo diferente no bar, não identifiquei o que era, pois a jukebox era a mesma, a mesa de sinuca estava lá, os mesmos bêbados falavam dos mesmos assuntos. Foi então que eu vi o que havia de diferente ali, era ela, linda, radiante, uma gota de cor naquela merda preto e branco na qual eu me encontrava, com uma cruzada de pernas me fez retomar toda a fé que eu havia perdido na sociedade, já não importava o álcool, o garçom, o caralho a quatro, não queria pensar em nada, só em um jeito de me aproximar dela.
Passava os dias a vagar pela cidade, estava em busca de algo ainda desconhecido. Seria um novo subemprego onde me entediaria em dois meses? Seria a mulher que seria o novo amor da minha vida pelas próximas três semanas? Ou estava apenas a gastar tempo até o bar abrir e enfim eu me afundar em bebedeiras e assuntos aleatórios com algum estranho?
Apesar dos meus esforços pra não me tornar mais um típico clichê bukowskiniano, admito que me sentia bem com a vida que eu estava vivendo, apesar de não ter nenhuma perspectiva sobre o futuro, pela primeira vez em tempos eu era auto suficiente, tinha controle sobre todas as minhas atitudes. Não sentia mais ninguém sugando minhas energias. Não me entendam mal, eu realmente não possuía sentimentos ruins quanto ela, pelo contrário, essas semanas me fizeram nutrir um carinho enorme, mas o senso de realidade me mantinham longe da idéia de que voltar com ela era uma hipótese a ser estudada.
Passava o dia na minha jornada de passar despercebido junto a multidão que habitava as ruas da cidade, era um exercício de observação e autoconhecimento, a luz do dia, era um obstáculo a ser transpassado, uma barreira que me impedia de freqüentar o bar, contava as horas até o sol se por e eu finalmente me sentir em casa, naquele imundo balcão junto a minha nova família.
Quando noite caía eu sentia um enorme conforto, aquela penumbra me acolhia, eu era mais um componente daquele ecossistema noturno.
A cidade parecia respirar um ar novo à noite, as pessoas se entregavam, os bares cheiravam a sexo ( e a álcool também), o pudor presente naquela sociedade pueril que invadia as ruas com seus ternos bem passados e suas maquiagens discretas sumia numa espécie de busca pelo último sexo de suas vidas.
Eu havia me abdicado dessa busca, as relações sociais haviam perdido a importância, o único carinho que eu nutria era pelo álcool, não procurava amigos - embora tivesse criado um vínculo com o garçom do bar – muito menos alguma desgraçada pra arrancar mais um pedaço de mim. Mas nessa noite havia algo diferente no bar, não identifiquei o que era, pois a jukebox era a mesma, a mesa de sinuca estava lá, os mesmos bêbados falavam dos mesmos assuntos. Foi então que eu vi o que havia de diferente ali, era ela, linda, radiante, uma gota de cor naquela merda preto e branco na qual eu me encontrava, com uma cruzada de pernas me fez retomar toda a fé que eu havia perdido na sociedade, já não importava o álcool, o garçom, o caralho a quatro, não queria pensar em nada, só em um jeito de me aproximar dela.
Acho que tu tá virando frozô!
ResponderExcluir